Maior transação imobiliária do século: como herdeiras de Aloysio Faria têm negociado patrimônio do banqueiro?

Reprodução: TV Globo

Muitos olhos se voltaram às herdeiras do banqueiro Aloysio Faria, morto em 2020 aos 99 anos. No último domingo (3), veio a público que as filhas do banqueiro fecharam um negócio que está sendo chamado de a maior transação imobiliária deste século no Brasil: a venda de um terreno de 30 mil metros quadrados na praia da Tijuca, no Rio de Janeiro, por uma bagatela de R$ 370 milhões.

A transação, revelada pelo colunista Lauro Jardim, colunista de “O Globo”, chamou a atenção pelo movimento iniciado pelas herdeiras para se desvencilhar dos bens deixados pelo pai, cuja fortuna era estimada em US$ 1,7 bilhão, segundo levantamento da revista Forbes.

Faria morreu em setembro de 2020 e foi por muitos anos considerado um dos mais tradicionais banqueiros de sua geração. Formado em medicina, aos 28 anos herdou do pai o Banco da Lavoura de Minas Gerais. Anos depois, com seu irmão Gilberto Faria, dividiu os negócios e criou o Banco Real.

Desde sua morte, as herdeiras diretas começaram a tocar em frente os planos do próprio pai, estabelecido em testamento, para a venda do considerável patrimônio da família. Aloysio sempre manteve as filhas distante dos empreendimentos e preferiu que a gestão das empresas fosse profissionalizada.

Assim, Lúcia de Campos Faria, Junia de Campos Faria Ziegelmeyer, que moram em São Paulo; Flávia Faria de Vasconcellos, no Rio de Janeiro; Cláudia Faria, que vive em Nova York, e Eliana Faria, em Londres, nunca atuaram nos negócios. Com 20% de participação cada uma, elas passaram alguns meses se inteirando do tamanho dos ativos do conglomerado antes de qualquer movimentação.

A primeira negociação foi feita em setembro de 2022 para repassar o direito de exploração do Hotel Transamerica e o Teatro Alfa, em São Paulo, para uma incorporadora, que planeja transformar os 70 mil metros quadrados localizados na zona Sul de São Paulo em um grande clube, que teria até piscina de ondas e seria destinado aos mais abastados da cidade.

O segundo grande negócio foi a venda, em novembro de 2022, do banco de investimentos Alfa por R$ 1,03 bilhão para o banco Safra. O Alfa foi o segundo banco de Aloysio Faria, criado quando ele já tinha 70 anos, depois da venda do Banco Real para o gigante holandês ABN Amro, em 1998. Na época da negociação, o Alfa tinha um patrimônio estimado em R$ 23 bilhões pelo Banco Central.

Outra grande negociação, concluída em outubro de 2023, foi a venda da rede varejista de material de construção C&C para a Arcos Gestão e Investimento (AGI), por um valor não divulgado. O conglomerado ainda reúne negócios importantes como a rede de hotéis Transamérica, sorveterias La Basque, a fabricante de bebida Águas da Prata e a Rádio Transamerica. Há ainda uma lista enorme de imóveis incluídos no inventário como fazendas, além de uma considerável coleção de obras de arte.

Mas um dos negócios mais importantes, cuja negociação deve envolver alguns milhões, é o que é considerada a “joia da coroa” no agronegócio: a Agropalma. Maior produtora de óleo de palma do país, a empresa tem seis unidades de extração, um terminal de exportação e duas refinarias. Conta, ao todo, com mais de 107 mil hectares de terras no Norte do Brasil. Os produtos são destinados para indústrias de alimentação e cosméticos e o faturamento supera a casa dos R$ 2 bilhões.

Havia ainda outro banco em poder da família, nos Estados Unidos: o Delta Bank, cuja sede é em Nova York e mantinha atividades de assessoria de private banking a investidores sul-americanos. A divisão norte-americana do Safra ficou com o Delta, por valor não revelado.

Infomoney

Preço de imóveis supera inflação e acumula alta de 5,24% em 12 meses

EDU GARCIA/R7

O preço médio de venda dos imóveis residenciais no Brasil subiu 0,54% no mês de outubro, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo Índice FipeZap+, que acompanha a valorização da casa própria em 50 cidades brasileiras. Houve uma aceleração em relação ao resultado de setembro, que teve alta de 0,45%.

O aumento mensal foi mais expressivo nos preços de venda de imóveis com apenas um dormitório (+0,59%), que contrasta com a alta relativamente menor no valor de unidades de quatro ou mais dormitórios (+0,35%).

Com a variação, o indicador revela que a alta de preço da casa própria se mantém bem acima da inflação, que sinalizou uma prévia de 0,21% em outubro, de acordo com o IPCA-15, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O índice acumula alta de 5,24% nos últimos 12 meses encerrados em outubro de 2023, superando assim a inflação oficial, medida pelo IPCA, de 4,79%, no mesmo período.

Baseado na amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda em outubro de 2023, o preço médio do metro quadrado calculado para as 50 cidades monitoradas foi de R$ 8.666.

Imóveis de um dormitório se destacaram pelo preço médio de venda relativamente mais elevado (R$ 10.235/m²), que contrasta com o menor valor entre unidades com dois dormitórios (R$ 7.791/m²).

Entre as 16 capitais monitoradas, Vitória (ES) apresentou o valor médio por metro quadrado mais alto na amostra mensal (R$ 10.861/m²), seguida por Florianópolis (R$ 10.658/m²), São Paulo (R$ 10.625/m²), Rio de Janeiro (R$ 9.982/m²), Curitiba (R$ 8.993/m²) e Brasília (R$ 8.926/m²).

Comparativamente, entre as capitais monitoradas com os menores preços médios, estão Campo Grande (R$ 5.760/m²), João Pessoa (R$ 5.817/m²), Salvador (R$ 5.886/m²), Manaus (R$ 6.321/m²) e Porto Alegre (R$ 6.662/m²).

R7

Brasil lidera fornecimento de alimentos a islâmicos

O Brasil alcançou a posição de líder mundial no fornecimento de alimentos e bebidas para os 57 países membros da Organização para Cooperação Islâmica (OCI), de acordo com dados divulgados pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) nesta segunda-feira. Em 2022, as exportações desses produtos totalizaram impressionantes US$ 23,41 bilhões, um aumento de 41% em relação ao ano anterior.

Segundo a CCAB, o desempenho do Brasil superou nações concorrentes especializadas, como Estados Unidos, Indonésia, Turquia, Austrália e China, consolidando o país como o principal fornecedor de alimentos para o mercado islâmico. As exportações brasileiras se concentram em alimentos básicos, como carnes, açúcar, grãos e cereais.

Apesar desse destaque, a CCAB ressalta que as vendas brasileiras representam apenas 10% do total de importações da OCI, indicando um grande potencial para o Brasil expandir sua presença, principalmente nas categorias de produtos de valor agregado.

“Há que se diversificar a pauta de exportações, incluindo produtos de valor agregado, fortalecer as ações de promoção do produto brasileiro com ainda mais intensidade do que temos feito, tornar o Brasil para o consumidor muçulmano sinônimo de respeito a suas tradições e ampliar a disponibilidade de produtos industrializados com certificação halal [de produção conforme às tradições do islã] não só no segmento de alimentos”, resumiu Osmar Chohfi, presidente da entidade, na abertura do Global Halal Brazil Business Forum.

O ex-diplomata Osmar Chohfi destaca que o avanço do Brasil nos mercados islâmicos está intrinsecamente ligado à expansão da disponibilidade de alimentos industrializados certificados sob a padronização islâmica (halal). Ele enfatiza a necessidade de os empresários entenderem as demandas específicas dos consumidores muçulmanos.

Um exemplo desse avanço é o setor de proteínas, que começou a exportar para países islâmicos em 1977 e hoje estabeleceu o Brasil como o maior exportador mundial de carne de frango e bovina com certificação halal. Cerca de 30% do total das exportações desses produtos são destinados a esses mercados.
O Brasil está, assim, em uma posição privilegiada para continuar expandindo seu papel como principal fornecedor de alimentos e bebidas para a OCI, fortalecendo os laços comerciais com os países membros e explorando oportunidades de crescimento em segmentos de maior valor agregado.

Agrolink

Agropecuária impulsiona geração de empregos no RN em agosto

Foto: Alex Régis

O Rio Grande do Norte teve, proporcionalmente, o segundo maior índice de geração de empregos do País referente ao mês de agosto. O Estado teve uma variação de 1,28% em referência ao mês anterior, com um saldo positivo de 5.975 postos de trabalho. Somente a Paraíba teve um crescimento proporcional maior, atingindo 1,95%.

Os dados foram publicados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo do mês é o reflexo de 22.036 admissões contra 16.061 desligamentos. No ano, foram 143.457 admissões, sendo desligados 128.081 trabalhadores.

De acordo com os dados publicados, o Rio Grande do Norte teve o maior crescimento na área de agricultura e pecuária, com saldo positivo de 2.387 postos de trabalho (2.981 admissões e 504 desligamentos). A variação relativa no setor foi de 14,52%. A área de serviços teve 1.168 postos de trabalho a mais, enquanto a indústria foi responsável por 1.102 novos empregos. Na construção civil, 677 novas vagas foram ocupadas.

Tribuna do Norte